Desemprego docente<br>para lá da brutalidade

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«Uma bru­ta­li­dade» – pro­testou a Fen­prof, co­men­tando os dados ofi­ciais do IEFP sobre o re­gisto de pro­fes­sores de­sem­pre­gados, que dão conta de um au­mento de 120 por cento, de 2010 para 2011, ou de 225 por cento, quando se com­para 2009 e 2011. No en­tanto, a re­visão da es­tru­tura cur­ri­cular, que o ac­tual Go­verno pôs em marcha, «terá um im­pacto de tal ordem ne­ga­tivo no em­prego do­cente que o MEC foge à dis­cussão dos nú­meros e das so­lu­ções», como se afirma na nota di­vul­gada pelo Se­cre­ta­riado Na­ci­onal da fe­de­ração, no dia 5, após uma reu­nião no Mi­nis­tério.

«No MEC nin­guém pa­rece querer dizer quais as im­pli­ca­ções que a re­visão da es­tru­tura cur­ri­cular terá no em­prego dos do­centes, já a partir de Se­tembro», mas a Fen­prof re­a­firma que, se ela vier a con­cre­tizar-se tal e qual o MEC a prevê (em si­mul­tâneo com a cons­ti­tuição de mais mega-agru­pa­mentos e com ou­tras me­didas pre­vistas no Or­ça­mento do Es­tado para 2012), aquelas per­cen­ta­gens «ele­va­dís­simas» de cres­ci­mento do de­sem­prego do­cente «serão fa­cil­mente ul­tra­pas­sadas».

Cerca de dez mil do­centes fi­carão de­sem­pre­gados ou com «ho­rário-zero», pelo que «não será por mera coin­ci­dência que o Go­verno, através de pro­posta apre­sen­tada pelo Mi­nis­tério das Fi­nanças, pre­tende agora eli­minar da lei a “com­pen­sação por ca­du­ci­dade” que é de­vida aos do­centes cujos con­tratos cessam».

Não há res­postas do MEC, por outro lado, sobre o que acon­te­cerá aos mi­lhares de pro­fes­sores dos qua­dros, so­bre­tudo do En­sino Bá­sico, que fi­carão sem ac­ti­vi­dade lec­tiva atri­buída (os «ho­rá­rios-zero») no início do pró­ximo ano.

Face a uma re­visão «de­se­nhada com as li­nhas im­postas pelo Or­ça­mento do Es­tado», a Fen­prof de­clara que, «com os pro­fes­sores e edu­ca­dores, tudo fará no sen­tido de con­tra­riar esta in­tenção do Go­verno, de­nun­ci­ando e lu­tando contra me­didas que terão, igual­mente, im­pacto ne­ga­tivo no que res­peita à or­ga­ni­zação pe­da­gó­gica e ao fun­ci­o­na­mento das es­colas, bem como à qua­li­dade do en­sino».



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